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Pesquisas visam minimizar erros em diagnóstico por imagem

Reportagens recentes têm destacado freqüentes erros médicos de diagnóstico por imagem, em especial os que se utilizam de ultrassom. Este procedimento utiliza ondas sonoras para reproduzir a imagem de órgãos internos e, no caso das gestantes, imagens do bebê, da placenta, do útero e de outras partes internas, possibilitando ao médico avaliar o progresso da gravidez, bem como determinar a quantidade de bebês, o sexo, o peso e o seu estado geral. No entanto, problemas nesses aparelhos podem comprometer o trabalho do profissional de saúde.

Segundo o professor doutor Handerson Leite, pesquisador do Citecs - Instituto de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde, todos os equipamentos utilizados no procedimento de diagnóstico por imagens deveriam passar por um conjunto de rigorosos testes periódicos, visando aferir e garantir a qualidade da imagem e, principalmente, do diagnóstico. Mas infelizmente isso não acontece com frequência. No Brasil não há exigência legal nem testes padrão sistematizados para aparelhos de ultrassom, o que pode contribuir para os constantes erros de diagnóstico.

Em procedimentos de radiodiagnóstico (radiografia, mamografia, fluoroscopia, tomografia e radiografia odontológica) mesmo existindo legislação que obriga a realização de ações de garantia de qualidade, raros são os serviços que implantam essas ações, esclarece o professor doutor e também pesquisador do Citecs, Marcus Navarro.

No sentido de melhor conhecer esta realidade, bem como propor ações que a modifiquem, pesquisadores do Citecs estão desenvolvendo a pesquisa “Avaliação de tecnologias e gerenciamento de risco no diagnóstico por imagem” tendo como foco a Qualidade e adequação do diagnóstico. A pesquisa envolve a compilação dos testes existentes no mundo, sua periodicidade e a construção de procedimentos para a aplicação desses testes no Brasil.

A pesquisa vem sendo desenvolvida há 8 anos e apresenta resultados importantes sobre a realidade dos serviços de radiodiagnóstico. Através de uma metodologia específica para avaliar serviços de saúde, os pesquisadores do Citecs analisaram 94 procedimentos médicos em 38 diferentes tipos de serviços. 49% apresentaram risco potencial inaceitável incluindo procedimentos de fluoroscopia, mamografia, radiografia e de tomografia.

Embasados pelos resultados da pesquisa, os pesquisadores encaminharam um ofício ao MPF (Ministério Público Federal) solicitando a atuação do órgão para reduzir a solicitação de raios X de tórax como exame ocupacional ou pericial.

O Citecs é uma rede de pesquisa sediada na UFBA que reúne pesquisadores e colaboradores nacionais e internacionais em torno do objetivo de contribuir com a melhoria do sistema público de saúde, por meio do desenvolvimento de pesquisa, formação de pessoal e divulgação científica. Marcus Navarro, integrante do grupo de pesquisa, está disponível para entrevistas, que podem ser agendadas com Marlene Lima, no telefone 3311-0124 ou por e-mail: marlene@tabuasdaponte.com.br.

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