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17/11 Hospital das Clínicas (Complexo HUPES/UFBA) é referência internacional para reabilitação de doença de Parkinson

A doença de Parkinson provoca o acometimento nervoso e motor da glote, uma estrutura no final da laringe com a função de saída e entrada de ar, não permitindo que a comida vá para os pulmões em vez do estômago. A pessoa portadora da doença tende a não sentir um corpo estranho na garganta, nem tem a força para expulsar com a tosse, ou engolir. Isso acontece porque os nervos que normalmente detectam um corpo estranho para que a tosse ocorra estão com a sensibilidade comprometida e a glote apresenta o fechamento lento. A aspiração desses corpos estranhos (líquidos e alimentos) pode levar à infecção respiratória, maior causa de internamento e morte dos pacientes de Parkinson.

 

Pesquisadores investigam novo tratamento para minimizar casos de infecção respiratória em pacientes de Parkinson 


A Divisão de Neurologia e Epidemiologia (DINEP) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) tem investigado essa disfagia, a dificuldade de engolir, com o objetivo de identificar qual a melhor forma de realizar o tratamento para recuperar a capacidade de deglutição e diminuir o risco de infecção respiratória. A pesquisa propõe a reabilitação desses pacientes por meio de exercícios orais e respiratórios. Estudos preliminares já indicam um avanço da função da glote por conta dessa terapia.

A investigação capitaneada pelo neurologista Ailton Melo (FAMED/UFBA, INCT-Citecs) e pela professora Ana Caline Nóbrega (Faculdade de Fonoaudiologia/UFBA), demonstraram que os medicamentos habituais que usam a reposição de dopamina para diminuição dos efeitos do Parkinson (tremores e alterações posturais) pouco interferem no tratamento do paciente neste ponto. Entretanto, o tratamento medicamentoso adequado, associado a exercícios orais, tem modificado esse prognóstico. De acordo com Dra. Ana Caline, “As alterações da deglutição em indivíduos com doença de Parkinson são frequentes e apresentam consequências graves”. Ela explica que um dos primeiros sinais de que a deglutição está se deteriorando é a baba fora da normalidade, e a dificuldade de engolir a própria saliva, ou água. “Muitos pacientes não percebem que estão com dificuldade para deglutir porque não tossem quando estão se alimentado. Mas, estudos mostram que é comum a ocorrência de aspiração de saliva e de alimentos de forma silenciosa, sem tosse ou pigarros”, explica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de quatro milhões de pessoas em todo mundo sofrem da doença. No Brasil, a Associação Brasileira de Parkinson estima que 200 mil pessoas portadoras e que, por ano, 20 novos casos são diagnosticados para cada 100 mil pessoas. A destruição dos neurônios e a falta de dopamina, neurotransmissor responsável por movimentos involuntários, causam tremor, rigidez e instabilidade postural características da doença de Parkinson, além da baixa função da glote, que dificulta a deglutição e pode resultar em aspiração, quando, por exemplo, água ou alimentos entram nas vias aéreas.

 

Fonte: http://www.complexohupes.ufba.br/noticias/hospital-das-clinicas-e-referencia-internacional-para-reabilitacao-de-doenca-de-parkinson/

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