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22/02 Pesquisa do Citecs alerta sobre o uso excessivo de Anabolizantes

Pesquisa realizada entre homens de 18 e 65 anos, praticantes de musculação em 20 academias de diversos bairros da Região Metropolitana de Salvador, constatou que 73,3% dos entrevistados, em algum momento de suas vidas, consumiram substâncias ergogênicas; destes 16,5% fizeram uso de anabolizantes. 

A pesquisa foi realizada pelo professor Paulo Adriano Schwingel, graduado em Educação Física, mestre e doutor em Medicina e Saúde. Paulo defendeu a tese de doutorado, sob a orientação da Profa. Helma Pinchemel Cotrim, através do Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde (PPgMS) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). O tema de pesquisa intitulada “Espectro de Alterações Hepáticas de Esteleóides Anabolizantes”, teve como principal objetivo avaliar quais as alterações e doenças hepáticas pode ocorrer em usuários de esteroides, em especial, Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (esteatose e esteato-hepatite). 
De acordo com a pesquisa, os entrevistados alegaram que o consumo das substâncias ergogênicas servia para aquisição de massa muscular e questões estéticas. Em relação aos usuários de anabolizantes, 60% destes relataram utilizar os compostos por questão estética (hipertrofia).
Na fase inicial do estudo, entrevistas realizadas próximo ao período do carnaval do ano de 2007, com um grupo de frequentadores da academia situada na orla de Salvador, acerca da percepção dos riscos, demonstraram que os mesmos desconheciam os problemas crônicos acometidos pelo uso de anabolizantes. Do total de dezoito usuários de substâncias exógenas para melhora do desempenho físico, onze não foram submetidos a nenhum tipo de avaliação nutricional ou médica, o que significa 61% do total. Apenas quatro voluntários (22%) referiram ter realizado algum tipo de avaliação médica.
Em estudo mais recente apresentado através da tese doutorado do Paulo, os mesmos pesquisadores observaram que 56% de 102 usuários de esteroides anabolizantes apresentavam alterações de enzimas e/ou fatores de risco para doença do fígado: infecção pelo vírus B ou C da hepatite em 1,7%; doença alcoólica do fígado 40,0%; tumores do fígado em 1,5%; e doença hepática gordurosa não alcoólica relacionada ao uso de anabolizantes em 33,0%.
Para a pesquisadora Helma Pinchemel Cotrim, que coordenadora o grupo de pesquisa do Esteato-Hepatite Não-Alcólica (NASH) do Citecs, instituição vinculado ao CNPq, os riscos de substâncias ergogênicas acontecem, os indivíduos não tem acompanhamento médico, e o consumo é sempre em excesso.
“O maior problema tem sido a adesão ao acompanhamento clínico, quando as alterações hepáticas são identificadas, pois muitos usuários optam por continuar utilizando as drogas, mesmo com conhecimento das possíveis consequências”, relata a pesquisadora.
O estudo sobre o uso não lícito de Anabolizantes rendeu, até o momento, aos pesquisadores seis artigos publicados em conceituadas revistas científicos, entre elas está à revista Liver International, onde o artigo recebeu editorial por tema inédito. 
Riscos
Entre as consequências no uso indiscriminado de substâncias ergogênicas, Helma e Paulo citaram a sobrecarga hepática e renal, diabetes, desidratação, perda de cálcio, gota, além dos efeitos gastrintestinais, como diarreia e edema abdominal. Alterações no metabolismo do colesterol e das lipoproteínas, hipertensão arterial, doenças cardíacas, masculinização e alterações no ciclo menstrual das mulheres e feminilização e infertilidade nos homens.
Os prejuízos podem vir tão rapidamente quanto os benefícios, dependendo da dose ingerida, orientam os especialistas.
Conheça os artigos na íntegra:  
https://mailattachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=d977bfa032&view=att&th=13ba953de1527f2a&attid=0.9&disp=inline&safe=1&zw&saduie=AG9B_P8omAeKvfpGgafWuBAqbsJJ&sadet=1361360910632&sads=ZxHLOnQi47ilYbzDLezxK78uRSU
http://web.nchu.edu.tw/~biosimulation/journal/pdf/vol-3-no02/vol-3-no-2-b-0001.pdf

A pesquisa foi realizada pelo professor Paulo Adriano Schwingel, graduado em Educação Física, mestre e doutor em Medicina e Saúde. Paulo defendeu a tese de doutorado, sob a orientação da Profa. Helma Pinchemel Cotrim, através do Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde (PPgMS) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Intitulada “Espectro de Alterações Hepáticas de Esteleóides Anabolizantes”, a pesquisa teve como principal objetivo avaliar quais as alterações e doenças hepáticas pode ocorrer em usuários de esteroides, em especial, Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (esteatose e esteato-hepatite).

De acordo com a pesquisa, os entrevistados alegaram que o consumo das substâncias ergogênicas servia para aquisição de massa muscular e questões estéticas. Em relação aos usuários de anabolizantes, 60% destes relataram utilizar os compostos por questão estética (hipertrofia).

Na fase inicial do estudo, entrevistas realizadas próximo ao período do carnaval do ano de 2007, com um grupo de frequentadores da academia situada na orla de Salvador, acerca da percepção dos riscos, demonstraram que os mesmos desconheciam os problemas crônicos acometidos pelo uso de anabolizantes. Do total de dezoito usuários de substâncias exógenas para melhora do desempenho físico, onze não foram submetidos a nenhum tipo de avaliação nutricional ou médica, o que significa 61% do total. Apenas quatro voluntários (22%) referiram ter realizado algum tipo de avaliação médica.

Em estudo mais recente apresentado através da tese doutorado de Paulo, os mesmos pesquisadores observaram que 56% de 102 usuários de esteroides anabolizantes apresentavam alterações de enzimas e/ou fatores de risco para doença do fígado: infecção pelo vírus B ou C da hepatite em 1,7%; doença alcoólica do fígado 40,0%; tumores do fígado em 1,5%; e doença hepática gordurosa não alcoólica relacionada ao uso de anabolizantes em 33,0%.

Para a pesquisadora Helma Pinchemel Cotrim,  coordenadora do grupo de pesquisa do Esteato-Hepatite Não-Alcólica (NASH) do Citecs, instituição vinculado ao CNPq, os riscos de substâncias ergogênicas acontecem, os indivíduos não tem acompanhamento médico, e o consumo é sempre em excesso.

“O maior problema tem sido a adesão ao acompanhamento clínico, quando as alterações hepáticas são identificadas, pois muitos usuários optam por continuar utilizando as drogas, mesmo com conhecimento das possíveis consequências”, relata a pesquisadora.

O estudo sobre o uso não lícito de Anabolizantes rendeu, até o momento, aos pesquisadores seis artigos publicados em conceituadas revistas científicos, entre elas está à revista Liver International, onde o artigo recebeu editorial por tema inédito.

Riscos

Entre as consequências no uso indiscriminado de substâncias ergogênicas, Helma e Paulo citaram a sobrecarga hepática e renal, diabetes, desidratação, perda de cálcio, gota, além dos efeitos gastrintestinais, como diarreia e edema abdominal. Alterações no metabolismo do colesterol e das lipoproteínas, hipertensão arterial, doenças cardíacas, masculinização e alterações no ciclo menstrual das mulheres e feminilização e infertilidade nos homens.

Os prejuízos podem vir tão rapidamente quanto os benefícios, dependendo da dose ingerida, orientam os especialistas.

Conheça os artigos na íntegra:

https://mailattachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=d977bfa032&view=att&th=13ba953de1527f2a&attid=0.9&disp=inline&safe=1&zw&saduie=AG9B_P8omAeKvfpGgafWuBAqbsJJ&sadet=1361360910632&sads=ZxHLOnQi47ilYbzDLezxK78uRSU

http://web.nchu.edu.tw/~biosimulation/journal/pdf/vol-3-no02/vol-3-no-2-b-0001.pdf

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