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15/01 Pesquisador do Citecs alerta para o perigo de agrotóxicos a saúde

 

O Brasil é o país que ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos. Enquanto em outros países da Europa há proibição dos mesmos, o Brasil continua na contramão.
O uso de agrotóxicos está regulamentado através da Lei n.º 7.802/89 e do Decreto n.º 4.074, de 2002 e, segundo pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  e pelo Ministério da Saúde, o país se tornou o maior usuário de agrotóxico do mundo.
 
Os riscos que o seu uso pode trazer para a saúde humana, sobretudo através contaminação dos alimentos, não são levados em conta. De acordo com o pesquisador do citecs e coordenador do grupo de estudos em Tecnologias, Ambiente, Saúde e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (TASS), representante da instituição no Fórum baiano de combate aos impactos dos agrotóxicos, Ademário Galvão Spínola, juntamente com o professor Altino Bonfim, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, o problema é que a sociedade não toma parte dessa discussão e acaba consumindo produtos contaminados.
“Os agrotóxico é uma temática que está essencialmente ligada à saúde pública, mas tem uma forte ligação com o agronegócio, onde o país se propõe a exportar mais e acaba usando a tecnologia para aumentar e tornar essa prática mais rentável possível com o uso do agrotóxico”, problematizou Spínola.
O professor também avalia que está em pauta o porquê da permissão, no Brasil, do uso de substâncias que foram banidas em outros países, justamente por haver evidências de que prejudicam a saúde das pessoas, dos animais e dos solos.  “Temos que entender que o agrotóxico é um veneno que mata a praga e mantem a agricultura produtiva, mas ele mata também as vidas pertencentes a esse ambiente no entorno, como as bactérias do solo, os animais e em alguns casos contamina até as águas dos rios”.
O país é campeão em uso de agrotóxico devido a priorização da política de exportação dos Estados. “Os nossos governos estão cada dia mais interessados na política de exportação, na perspectiva da reprimarização da economia, baseada nas comodites dos alimentos. Hoje, diante de todos os riscos provocados pelo uso abusivo do agrotóxico, eu, enquanto médico, tenho a preocupação de receitar alimentos saudáveis, reforçando que tem que ser sem agrotóxico”, afirmou.
 
Alternativas ao uso do agrotóxico
Infelizmente, não é possível contar com os orgânicos para uma produção e consumo livres de pesticidas. Eles são inviáveis devido ao alto custo, e reforçam um quadro de injustiça socioambiental. Os mais pobres pagam o preço. Isto é, além de não terem o direito de escolha, consomem o alimento mais contaminado. Ademário explica ainda que é falsa a viabilidade dos orgânicos porque outras pesquisas já identificaram impactos do consumo desses alimentos na saúde.
O pesquisador aponta a Agroecologia como melhor alternativa para o desvencilhamento dessas práticas danosas à saúde. “Temos que voltar ao tempo dos nossos avós e pais, onde plantávamos nosso alimento em casa, livre de venenos e de transgênicos. Precisamos nos reeducar para sermos menos consumistas e mais próximos da natureza”, defende.

O Brasil é o país que ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos. Enquanto em outros países da Europa há proibição dos mesmos, o Brasil continua na contramão.O uso de agrotóxicos está regulamentado através da Lei n.º 7.802/89 e do Decreto n.º 4.074, de 2002 e, segundo pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  e pelo Ministério da Saúde, o país se tornou o maior usuário de agrotóxico do mundo. 

Os riscos que o seu uso pode trazer para a saúde humana, sobretudo através contaminação dos alimentos, não são levados em conta. De acordo com o pesquisador do citecs e coordenador do grupo de estudos em Tecnologias, Ambiente, Saúde e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (TASS), representante da instituição no Fórum baiano de combate aos impactos dos agrotóxicos, Ademário Galvão Spínola, juntamente com o professor Altino Bonfim, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, o problema é que a sociedade não toma parte dessa discussão e acaba consumindo produtos contaminados.

“Os agrotóxico é uma temática que está essencialmente ligada à saúde pública, mas tem uma forte ligação com o agronegócio, onde o país se propõe a exportar mais e acaba usando a tecnologia para aumentar e tornar essa prática mais rentável possível com o uso do agrotóxico”, problematizou Spínola.

O professor também avalia que está em pauta o porquê da permissão, no Brasil, do uso de substâncias que foram banidas em outros países, justamente por haver evidências de que prejudicam a saúde das pessoas, dos animais e dos solos.  “Temos que entender que o agrotóxico é um veneno que mata a praga e mantem a agricultura produtiva, mas ele mata também as vidas pertencentes a esse ambiente no entorno, como as bactérias do solo, os animais e em alguns casos contamina até as águas dos rios”.

O país é campeão em uso de agrotóxico devido a priorização da política de exportação dos Estados. “Os nossos governos estão cada dia mais interessados na política de exportação, na perspectiva da reprimarização da economia, baseada nas comodites dos alimentos. Hoje, diante de todos os riscos provocados pelo uso abusivo do agrotóxico, eu, enquanto médico, tenho a preocupação de receitar alimentos saudáveis, reforçando que tem que ser sem agrotóxico”, afirmou. 

Alternativas ao uso do agrotóxico

 Infelizmente, não é possível contar com os orgânicos para uma produção e consumo livres de pesticidas. Eles são inviáveis devido ao alto custo, e reforçam um quadro de injustiça socioambiental. Os mais pobres pagam o preço. Isto é, além de não terem o direito de escolha, consomem o alimento mais contaminado. Ademário explica ainda que é falsa a viabilidade dos orgânicos porque outras pesquisas já identificaram impactos do consumo desses alimentos na saúde.

O pesquisador aponta a Agroecologia como melhor alternativa para o desvencilhamento dessas práticas danosas à saúde. “Temos que voltar ao tempo dos nossos avós e pais, onde plantávamos nosso alimento em casa, livre de venenos e de transgênicos. Precisamos nos reeducar para sermos menos consumistas e mais próximos da natureza”, defende.

 

Fonte:Ciência e Cultura/UFBA

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