O aumento dos casos de infecções respiratórias é mais freqüente no inverno, principalmente, a pneumonia, devido ao clima e da maior permanência em locais fechados. Entretanto, em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da emissora TV Bahia, nesta quinta-feira (10), o médico pneumologista e pesquisador vinculado ao Citecs, Álvaro Cruz, pontua que no verão é preciso ter cuidados. 

“As doenças respiratórias ocorrem em qualquer época do ano, dependerá da defesa organismo contra micróbios, bactérias, fungos e vírus. A incidência da pneumonia no verão decorre da falta de cuidados das pessoas com a própria saúde”, explica Cruz, ao ressaltar que no verão as pessoas costumam não alimentar-se bem, expõem-se a qualquer ambiente e objetos, falta de repouso, consomem bebidas alcoólicas em excesso e tomam sol demais, fatores que podem fragilizar o organismo.

Na entrevista, o apresentador do Jornal da Manhã, Ricardo Ismael, perguntou ao pneumologista se uma gripe mal curada pode evoluir para uma pneumonia ou algo mais grave. “Com certeza. A infecção respiratória causada por vírus ou qualquer resfriado se não bem cuidado podem evoluir para uma sinusite ou até mesmo uma pneumonia”, respondeu Cruz.

O pesquisador Citecs realçou as principais manifestações da pneumonia: dor no peito e nas costas - que nem sempre estão presentes em uma gripe comum - e febre muito alta. “É muito característico da pneumonia a dificuldade para respirar”, realçou. 

Foram abordadas também na entrevista as principais causas da pneumonia. “A pneumonia decorre de uma fragilidade do organismo e, em geral, vem de uma infecção viral previa, como resfriado ou uma gripe. Pode ser causada também por uma imunodeficiência, devido ao uso de medicações que baixam a defesa imunológica do paciente”.

Cruz ressaltou que, como são mais vulneráveis, crianças e idosos estão mais propensos a pneumonia. O bate-papo finalizou fazendo referência ao tratamento da enfermidade. “A pneumonia deve ser tratada com antibiótico, ainda que não se tenha certeza se o agente causal é uma bactéria, um vírus, um fungo. É diferente de resfriado e gripe que, em geral, não devem ser tratados com antibióticos”, explicou Álvaro Cruz.