“Em muitos casos, a tecnologia médica, quase exclusivamente desenvolvida em países ricos, é simplesmente inadequada para uso em países mais pobres”. A conclusão é da Comissão Technologies for Global Health composta por especialistas da revista inglesa The Lancet e do Imperial College London que buscaram examinar a forma mais adequada de se utilizar a tecnologia médica no sentido de melhorar a saúde das pessoas nos países de baixa e média renda. 

O relatório da pesquisa está disponível para download através do link http://apsredes.org/site2012/wp-content/uploads/2012/08/Technologies-for-Global-Health_Lancet-4.pdf. 

De acordo com a publicação, as tecnologias para a saúde global referem-se a uma ampla categoria de intervenções que possam reduzir a desnutrição, melhorar o saneamento básico e aumentar a segurança nas estradas. Conforme abordam os autores, tais tecnologias são distintas das especificamente destinadas a prevenir, diagnosticar ou tratar a doença. “A contribuição das tecnologias para a saúde deverão ser reconhecidas”, recomendam os especialistas. 

Conforme alertam os pesquisadores, a disponibilidade de tecnologia de saúde é inversamente proporcional à sua necessidade. Por isso, é de extrema necessidade “um esforço global para incentivar o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de saúde que possam beneficiar as pessoas mais pobres do mundo.” 

A revista inglesa The Lancet reúne em Comissões especialistas para discutir e fornecer uma análise profunda de um problema de interesse mundial. A The Lancet é considerada a publicação médica mais influente do mundo.